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sábado, 29 de agosto de 2009

SAUDADES DE VOCE !


Derrepente, a vida nos prega peças, passamos a nos sentir ingratos, maltratados e abandonados , por uma sensação de inutilidade que nos faz permanecer inertes diante da vida.
A intensidade do trauma depende da maneira como ocorre a perda de alguém querido. Se ele está doente é doloroso, mas temos sempre esperança e o tempo, mas me pergunto se esse tempo tem tempo ...para nos preparar para esse sentimento enorme , tão grande como um abismo, de quem sabíamos estava aqui, em sua luta diária e sua rotina e do fato esmagador de que não mais o veremos , não mais o encontraremos ao dobrarmos uma esquina, ou de encontrá-lo um domingo qualquer sentado numa mesinha de uma barraca de praia ou mesmo seus recados apressados em algum lugar de nosso mundo virtual, imaginário ou em nossos sonhos.
Conhecemos alguém e sem querer ele entra em nossa vida , nossos olhos abraçam com carinho sua imagem que chega e nos rir.
Passamos aquele estagio de tomarmos pra nos a posse daquele querido, e não nos permitimos perde-lo nem mesmo para o sempre de não o vermos mais .
Estamos com saudades, saudades enormes, pensamos como voce viverá daqui pra frente e é exatamente isso que nos faz sofrer , não vamos mais estar presentes, mesmo quando antes estávamos ausentes ......
Conheci Rafa, quando ele veio pela mao de minha filha, que o trouxe num dia à tarde para assistir filmes conosco.
Me apresentou como amigo e foi assim que ele entrou em nossas vidas....
Um amigo, que não se intimidou com nossa cadela Paris e tomou posse do seu lugar em nossos corações, e que nos fez rir em nossa varanda, enquanto tomávamos café com bolo. Que me contou historias de sua vida, falou de cidades e de países e desenhou nesse primeiro dia um quadro maior do que minha rotina era conhecedora.... mostrou, no esboço de suas palavras imagens de uma vida bastante contente e feliz , com toda grandeza dos seus poucos anos.
Sua juventude era tocante, suas calcas brancas folgadas e suas sandálias deixadas na soleira que segundo ele , não ia resistir jamais de estar com os pés descalços naquele piso branco e frio do meu apartamento.
Rimos muito , ele de uma alegria contagiante, eu incrédula por estar ali preguiçosamente com minha xícara de café, viajando em suas aventuras e viagens .
Falava de seus irmãos com grande carinho, e de sua mãe com o orgulho de alguém que teve sempre o verdadeiro amor e parceria. Por momentos eu quis ser essa mãe ....e recebi com prazer o laço de afeto e o apelido de tia ....ja nesse primeiro dia.....
Com o tempo isso tudo ficou mais estreito, ele já chegava de bicicleta, ou de carro subia e ficávamos horas vendo TV ou apenas conversando e rindo .....
Um tempo excepcional, precioso e não sabíamos.
Sempre foi um prazer te-lo conosco, tal o carinho que ele tinha com Eve, e comigo......
Entao ele resolveu viajar novamente, estava apenas a passeio ...ele dizia .
Emails, msn, todas as formas de contato, foram usadas para nunca mais deixar quebrar esse carinho.
Um dia voltou, estava preocupado, mas sempre dizia que ia ficar bom ....mas o que ele não sabia era que JÁ ERA BOM .
Tão logo ficou melhor , nos visitou e mostrou sua cicatriz e seu pouco cabelo que fizemos questão de dizer estava mais lindo ainda, pois estava amadurecido, rindo e brincando desfilou pela casa . Falou de sua vida , de sua gente querida, falou de seu amor .
Nosso menino seguia guerreiro pela vida , numa cruzada sem medo.
Sinto agora saudades do seu riso farto, seu carinho sem aval, sua cabeça erguida .
Seus sonhos , grandes planos e suas aventuras ...
Sem saber, sinto saudades até do tempo não vivido.
Com todo nosso amor, Rafa .....
por que sua presença jamais será esquecida.
Tia Go


Tantas vezes escutei que a vida é complicada , quantas vezes eu me perguntei o que fazer com os dias que chegam e vão , na inutilidade da rotina diária , e me pergunto todas as vezes ...Por que é que vale tudo isso ?
Ta certo , eu sei que as vezes sou injusta com as pessoas, principalmente as que mais amo, já que são as que mais sofrem com o silencio das palavras que saem da minha boca.... as vezes irônica, as vezes confortadora numa igual ironia de ser a tal que entende o próximo ....
Não é nada, não sabemos de nada isso é que é certo, vivendo, nos distanciamos cada vez mais de nos mesmos.
Sempre que estou assim , alheia de mim , eu me escrevo longas cartas ...escrevendo descubro coisas que eu realmente não me dava conta ...parece que sou um algoz, mostrando as coisas que me parecem erradas em duvidas que cada vez mais aumentam as certezas do que busco.........e me pergunto cadê a delicadeza que sou ? por que tenho que me policiar com o que faço? Ou deixo de fazer ?
Tal decisão de escolher uma das coisas já deveriam ser satisfatórias ....não ?
Assim , faço coisas, tento ficar em silencio e trabalho em quadros que vão aos poucos ganhando vida propria quando eles mesmos vão pedindo peças aqui e ali, independente do que esbocei para tal.
Costumo deixar a parte inicial pronta ...e aos poucos vou esperando que eles digam o que querem, é muito esquisito e muito normal eu diria ... eu apenas vou colando e fazendo o trabalho que eles querem fazer e não podem ... usam minhas mãos, usam minha sensibilidade e depois é uma alegria vê-los assim: ..........estamos bem , estamos prontos .

Voltando !!!!!

Depois de tantos dias , volto aqui .... timidamente, não produzir muita coisa, apenas um esboço do que tenho vivido nesse periodo, uma busca de mim ..........

Adorei esse texto de Fabricio carpenejar, que parece feito para mim , ou algo que eu teria escrito, se houvesse parado um pouco e pensado no que quero ser agora.... ou no que faço agora !
" NINGUÉM É O MESMO, MESMO QUE SE REPITA Minha avó dizia: para ser feliz, a gente não precisa sair do lugar, a gente tem que ser o lugar. Ela me advertia com seu olhar de madrepérola. Eu não entendia. Ser feliz para mim era sair de casa, depois da cidade, depois do estado e, se possível, do país. Acreditava que quanto mais longe do início mais perto do final. Julgava a independência um modo de fugir. Descobri que estava errado. Quanto mais longe do final mais perto do começo. Nada mais alto, banal e humano do que dizer: "eu sei ser feliz". Dor, susto, drama e tragédia, a gente já nasce sabendo. Saber ser feliz exige décadas para entender e, ao mesmo tempo, pede tão pouco. Basta um ter o outro. Ficar horas conversando abraçados. Não depender de lugares famosos, de restaurantes, de aventuras exóticas para contar depois. A felicidade é uma impressão, uma intensidade, que não há como descrever para os amigos. Muitas vezes, se vive somente para relatar o quanto nossa vida é impressionante, mas lá no fundo persiste uma mágoa desconfiada de não vivermos o que realmente desejamos. O que desejamos não se diz, se arde. Saber ser feliz é se deliciar com bobagens e lembranças, brincadeiras e com a proximidade do corpo. Não deixar o corpo ser apenas um corpo"

Miniaturas ...

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LIVRO MARAVILHOSO !!!!!!